quarta-feira, 31 de março de 2010

CÓPIAS E NADA MAIS

imagem: vinhadeluz.com.br


O BBB 10 acabou, o Chico Xavier, se vivo fosse, faria, em 02 de abril, 100 anos, os Nardones, foram condenados,os cientistas fizeram os protons explodirem com relativo sucesso, o José Dirceu, reapareceu sem qualquer pudor, e o nosso presidente LULA , na cara de pau, afirma que sua prioridade é eleger a sua parceira DILMA e nós, como eternos abestalhados, dizemos: ha... é, é...?!, sem considerarmos que sua estimulante e devotada campanha em favor da referida senhora está sendo desavergonhadamente paga com o dinheiro público.
imagem: abril.com.br

Que coisa, heim!
Leio a respeito do chá oferecido na seita do Santo Daime e não compreendo aqueles que defendem seu uso, afinal se é considerada uma droga alucinógena, como pode ser autorizada o seu uso para fins religiosos?


Por que tantas discussões avaliativas, envolvendo a medicina mental, para garantir que se uma pessoa estiver com alguma doença desequilibratória, os efeitos do chá serão imprevisíveis?




Quem, afinal de contas, pode se garantir quanto ao próprio equilíbrio ?


Pensando bem, quem em seu juizo perfeito, de bem com a vida e sem fantasmas existenciais, se submeteria a tal experiência?


As criaturas, como forma de preenchimento do vazio vivencial, provocado pela permanente ansiedade de um cruel sistema globalizado, se lançam em experiências esdrúxolas e perigosas, usando como aval a permicividade de uma sociedade prá lá de desequilibrada.


E aí, vez por outra, coisas acontecem de forma tão explícita que fogem ao controle e chegam até a imprensa que, por sua vez, detona em horário nobre, levando-nos, hipócritas assumidos, a dizer isto ou aquilo, como se novidade fosse e absolutamente natural também fosse discutir-se a aprovação ou não do uso de uma droga tão condenada quanto qualquer outra, e que jamais poderia ter sido liberada sobre que propósito fosse.


Entre uma notícia e outra que a mídia fareja ser de imensa comoção e que oferece ao cotidiano distração e assunto para as rodas sociais, vamos levando a vida, esperando a cada instante novidades que encaramos como" impressionantes" e que, em sua maioria, pelo menos no âmago que nos chamou a atenção e despertou em nós, no mínimo admiração, é tão logo esquecido à um novo e surpreendente acontecimento, que se analisado mais friamente, é tão somente mais uma cópia já vista e absurdamente desconsiderada.


Diante desta conscientização, preparo-me para a apurrinhação do BBB 11, que já está sendo anunciado, não admito ler qualquer notícia sobre as andanças do Sr. Dirceu, desejo ardentemente que todos os assassinos, agressores e pedófilos apodreçam no inferno e que o LULA, a DILMA e, me desculpem, todo o PT se danem, mesmo reconhecendo que isto somente ocorrerá conosco, povinho mais que abestalhado, incapaz de enxergar que são tão somente mais uma cópia, nem mesmo bem tirada.


Afinal, para que?




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terça-feira, 30 de março de 2010

SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ

Se todos fossem iguais a você, ao contrário do que diz a música ,'"seria uma maravilha,"creio sinceramente que seria muito monótono, pois acredito que esta infinita diferença é que colore e oferece opções ao nosso livre arbítrio.
Todavia, existem criaturas que são tão especiais que, se iguais a elas houvessem outras, provavelmente viver pudesse vir a ser um ato contínuo menos egoista.
E enquanto estou neste momento escrevendo sobre os especiais, desfilam em minha mente tantas e tantas imagens de fantásticas criaturas que apenas conheci e outras tantas com as quais convivi, que sou obrigada a reconhecer que elas existem de fato e que de direito somos agraciados com suas convivências, e também provavelmente por esta razão ainda consigamos encontrar muitos atos de profunda beleza existencial, que nos dão força inconsciente e determinação consciente de seguir acreditando que estar vivendo pode ser um espetáculo, se assim o desejarmos.
Penso, então, que somos capazes e lúcidos o suficiente de fazer com que nossas atitudes comportamentais sejam o reflexo fiel do que dizem ser a alma, mas que prefiro pensar que são as emoções, geradoras constantes das intenções, que, afinal, determinam o espaço entre a criatura e a sua perfeita adequação à sua própria vida.
Mas como é possivel chegar-se a este estágio de plenitude só possível de se constatar em raras e fabulosas criaturas, cujos dedos das minhas mãos são demasiados para contá-las?
Penso, assim, que se prontos não chegamos à vida, cabe-nos a obrigação amorosa de buscar o burilamento para, no mínimo, sermos criaturas mais interativamente amorosas conosco e com o tudo do todo, buscando naturalmente inspiração justo naqueles especiais que escrevi a pouco e que continuam a desfilar por minha mente, formando um colar de luz capaz de seduzir-me ao desejo de ser igual.
E aí, em meio a tantas lembranças de criaturas especiais, surge diante de minha mente a imagem mais que linda de um francês, ainda muito jovem, que escolheu Itaparica para doar o melhor de si, buscando difundir a cultura através da música clássica, acreditando que através da indução carinhosa e harmoniosa da qualidade sonora se é capaz de se chegar a alma as emoções, ou a ambos se forem o mesmo.
Incansável na luta pelo resgate da cidadania, promove concertos mensalmente com o apoio da escola de música da UFBA. Certamente sempre terá em mim uma parceira fiel e, quem sabe, consigamos com nossas tenacidades ideológicas fazer despertar tantos especiais que se encontram escondidinhos e calados, como se cúmplices fossem, dos desmandos e da impunidade, sob o peso da indiferença social que ora nos assola em nossa encantadora ITAPARICA.
Seu nome é François Starita, que eu tenho orgulho de me sentir amiga.

domingo, 28 de março de 2010

NUNCA COMO AGORA

Venho percebendo nos últimos anos que minhas lembranças do cotidiano em que vivi, estão mais vivas e constantes, principalmente aquelas onde existe o registro explícito de convivência social com amigos, parentes ou clientes, quando comparados aos dias atuais, já não fariam sentido por estarem obsoletas, ultrapassadas ou fora de moda.

Seria este um recurso natural da mente racional a fim de preservar valores estruturantes ou tão somente a mesma mente usa deste mecanismo para que eu possa ir assimilando as transformações, mesclando os novos aspectos com mostragens sistemáticas do passado para que eu possa encontrar um meio termo que me satisfaça?

Em momentos cada vez mais frequentes, forço-me à ponderação de que na altura em que me encontro nesta existência, pouco deveria me importar com tais mudanças, já que elas me atingem de qualquer forma e, certamente, jamais conseguirei assimilá-las como os mais jovens o fazem instântaneamente.

Esta desistência induzida, não encontra respaldo em minha mente teimosa, persistente e muitíssimo curiosa, que não abre mão em permanecer bisbilhotando as novas posturas, ora me surpreendendo, ora admirando, ora assustando-me com o volume de informações de todas as ordens, ora me entristecendo ao constatar que existem infinitas formas de entendimentos e que cada um de nós as tem recebido sem qualquer respaldo de amparo explicativo, já que não há tradição e tão pouco conhecedores avaliativos que procedam qualquer tipo de filtragem adaptativa.

E aí me indago como tudo ficará, ou está ficando, se não há encaminhamento, e estamos todos como baratas tontas, indo de um lado para o outro, na tentativa de encontarmos o nosso próprio centro avaliativo e ao mesmo tempo seletivo sem cometermos a estravagância cruel do exercício silencioso do egocentrismo?

Novamente, volto às lembranças passadas e penso no quanto era muito bom ter um pai e uma mãe, uma tia e uma professora a ensinar-me tudo que hoje as crianças aprendem pelas mídias, ou tão somente nas ruas, fazendo de seus aprendizados puras adaptações às supostas necessidades do momento, pois seus papais, mamães, titias e professoras estão tão ou mais confusos, em sua maioria girando em círculos de descompasso existencial na busca cotidiana de acompanhar também suas supostas necessidades, vendidas por todo o tempo através da virtualidade aos seus sentidos, sem se darem conta, ou o que é fonte de meu interesse de observações: acreditando que estão realizando suas funções de orientadores, por se sentirem absolutamente inseridos neste sistema muitíssimo desequilibrado, mas extremamente sedutor.

Será que esta minha avaliação está próxima da realidade ou eu é que não estou me adaptando como a maioria aos novos tempos?

Olho ao redor e sou obrigada a reconhecer que tudo parece absolutamente entrosado, isto também faz-me lembrar que somos criaturas muito bem adaptáveis, o que não significa que estejamos gostando.

Sei lá, neste meu mundinho bucólico de cidade do interior aparentemente tudo vai bem, chegando aos olhos de quem vem de fora a ser considerado pasmacento e, no entanto, nas veias e vasos por onde circulam o sangue nutridor de todos os interesses do município, tudo me parece dramáticamente fora de compasso, se eu for fazer comparativo com os valores que aprendi a conviver lá fora em outros tempos, mas se buscar identificação cultural local, sou obrigada a admitir que tudo vai bem, como sempre foi, e que a evolução que me assusta por aqui não tem influência tansformadora e, portanto, nada que estou pensando faz o menor sentido.

Mas afinal, o que realmente faz sentido, se nos dispusermos a uma dissecação impiedosa?

E então, penso que não dá mais para se pensar em educação escolar sem que haja uma nova postura comportamental, aliada a uma base sólida extraida de valores que não deveriam ter sido enterrados, como, por exemplo, o respeito e o senso de compromisso e reponsabilidade.

E quando falo em resgate, refiro-me a posturas que deveriam ser pinçadas de um passado recente e adaptadas às visões atuais como o desenvolvimento criativo mental, que percebo assustada tem a cada ano se engessado em restritas particularidades, deixando de fora margens extensas de um conhecimento geral, limitando assim de forma assustadora a visão periférica em perdas assustadoras e irreversíveis como um poderoso glaucoma social.

O anonimato cibernético abriu um leque enorme de descompromissos e camuflagens, criando assim uma nova e perigosa sensação de segurança, que abre espaço para as transgressões de todas as naturezas, fazendo com que as criaturas se sintam amparadas em suas impunidades, o que lhes proporcionam uma espécie de poder inatingível, que elas deixam transparecer de forma estúpida e alienada por todo o tempo em seus relacionamentos de qualquer natureza em seus cotidianos.

Observo, cada vez mais apavorada, que a banalização em tudo que se possa pensar, leva as criaturas a simplesmente conviverem com seus contrários sem qualquer entendimento, vendo-os tão somente como diferentes, pois assim lhes é induzido, sem que haja qualquer opção consciente.

Todavia, a olho nú, tudo está maravilhoso com promessas concretas de ficar cada dia melhor, porém, para um observador amoroso, o caos se instalou em todas as esferas, porque o ser humano tem se afastado da afetividade, única emoção capaz de direcionar seu racional a um controle mais equilibrado de suas demais emoções .

Portanto, insisto que o caminho nas escolas é o resgate da criatividade, do senso avaliativo e do reconhecimento individual como bases de aprendizado seguro, que certamente direcionará cada criança a inserir-se com mais lucidez nas transformações cibernéticas e na convivência com os demais, promovendo assim uma mais harmoniosa assimilação de novos entendimentos e, ao mesmo tempo, preservando determinadas tradições posturais que são frutos de uma inegável necessidade social de convivência, que é justo aqueles velhos e arcaicos procedimentos fraternos de respeito, consideração e sentido de limites pessoais.

Porém, como colocar na prática de novo esta prática, sem se tornar um fanático retrógado, condenador ignorante da natural necessidade evolutiva, copiador medíocre de modelos antigos com retoques modernistas e sem qualificação didática?

Nesses instantes de profundas dúvidas, que divido com meus amigos, em sua maioria virtuais, reconheço-me incapaz .

Como pode haver evolução em meio ao caos?

Não creio que se tenha notícias de um número tão expressivo de profissionais incompetentes em todas as áreas, assim como de presidiários, sem esquecer do uso absurdamente crescente dos ansiolíticos e antidepressivos e do flagelo das drogas, que tem enlouquecido as sociedades e servido de vergonha a todos nós que com ela tem convivido, como prisioneiros e co-responsáveis.

E ainda tem gente pensante que defende a anarquia, jogando por terra valores inestimáveis em nome de um progresso que até o momento tem flagelado mais que amparado, abandonado mais que protegido, cobrado mais que oferecido.

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VIDA DE PRIMEIRA

Finalmente neste momento me sinto mais relaxada, minhas novas emoções já se sentem mais adaptadas à todo o meu corpo e eu, então, posso pensar e escrever sobre tudo de bom que ocorreu comigo na noite de ontem.

A festa na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, por ocasião de minha posse na Academia de Letras do Reconcavo -ALER -, foi bonita, repleta de gente amiga, envolta em uma aura de muita paz e cercada com o carinho da equipe da biblioteca, comandada por sua diretora e amiga, Dalva Tavares, que não mediu esforços para que a noite fosse brilhante.

Jamais em toda a minha vida, imaginei sonhar com tamanha honra.
Lembro-me ter tido muitos desejos, a maioria alcançados, mas ser homenageada por um grupo tão seleto de intelectuais que, ao lerem minhas obras, decidiram que eu merecia estar entre eles, ah!, isto jamais.
Sempre fui uma pessoa bastante simples, que permaneceu por todo o tempo longe dos holofotes, e ontem, vi-me focada por toda aquela luz de reconhecimentro e, confesso, descobri maravilhada que é muito gratificante.

E aí, penso que sou muito feliz e que vivi uma vida de primeira classe sem, no entanto, jamais ter conseguido algo de forma fácil e creio que provavelmente por esta razão tudo tem um sabor especial, quando degustado. Aprendi ao longo de minha vida a saborear bem devagarinho tanto as conquistas como as aparentes perdas, e também fui descobrindo bem devagarinho que, na realidade, tudo é sempre um imenso aprendizado.

Entretanto, receber este presente maravilhoso não seria justo se eu não o dividisse com os meus parceiros universais, inspiradores constantes, tiradores de dúvidas, companheiros de jornada que não me permitem sentir medo de ousar escrever sobre tudo quanto me é afim.

Jamais me permitiram saber o porque de merecê-los em tão linda jornada de vida, apenas permanecem constantemente em uma fidelidade existencial que vem lapidando-me, levando-me a cada instante a ter o discernimento em buscar tudo quanto possa fazer de mim um ser humano melhor, para então merecer a vida que a vida me oferece.
Estas criaturas maravilhosas são :O frei franciscano Juan Emanuel Rodrigues Sanches, Raimundo Nonato da Silva e do sacerdote dominicano Ernesto Ganglione, além de uma legião de outras lindas energias que carinhosamente designei de "minha tropa de Elite", sempre ao meu lado como margens direcionadoras de minha existência.

A vida para mim, portanto, é bonita... é bonita... é bonita!!!!!

quarta-feira, 24 de março de 2010

AGRADECIMENTOS

Há oito anos atrás, graças a um senhor em uma conversa descompromissada no saguão de um hotel em Itabuna, eu e meu marido, fomos induzidos a seguir viagem mudando o trajeto que nos levaria a Salvador.



O argumento convincente era chegar à noite pelo mar e poder enxergar a beleza da cidade iluminada e, antes disto, conhecer a bucocidade de Itaparica e, especialmente, a beleza da praia de Ponta de Areia.



O que este senhor certamente jamais saberá é que eu levei quase um ano para embarcar no ferry boat, preferindo por todo este tempo explorar cada pedacinho do que de imediato sentimos que seria o nosso paraiso.



E não estávamos enganados, pois pudemos constatar a cada dia que para sermos felizes em nossos instantes presentes, precisamos tão somente buscar as nossas prioridades e, no nosso caso, nós as encontramos aqui, neste pedaço da ilha que só tem nos oferecido condições de exercitar o nosso direito de sermos nós mesmos.



Por todo o tempo, fomos acarinhados com a atenção deste povo acolhedor que abriu portas, janelas e principalmente depositou em nós confiança e respeito.



Tudo quanto empreendemos, recebemos apoio, fosse no lançamento do jornal Variedades, em abril de 2004, fosse na lojinha que montamos em setembro de 2007, sempre encontramos nos parceiros e nos leitores fiéis participantes.



Meu trabalho em particular, ganhou em qualidade e em quantidade, pois encontrei no sossego e nas energias vibrantes desta terra, tudo quanto me faltava para levar adiante minhas teses sobre o comportamento humano e suas correlações com uma infinidade de doenças físicas e emocionais, assim como o desenvolvimento do projeto educacional Vida e Liberdade, menina de meus olhos, que sonho um dia ver inserido no contexto didático do ensino fundamental, assim como na preparação dos professores do curso normal, pois acredito sinceramente que somente através do amor a nós mesmos e da compreensão de nossos potenciais, somos capazes de conviver com os demais, incluindo a natureza, de forma mais harmoniosa, menos agressiva, mais participativa, menos traumática e, ao mesmo tempo, mais capacitados a acompanhar as evoluções científicas e tecnológicas com mais segurança pessoal e menos medo existencial.



Também foi em Itaparica que obtive a oportunidade de me sentir absolutamente integrada a comunidade com o convite em 2008 para adentrar na vida política da cidade, tendo o apoio incondicional dos amigos e, então, sucessivamente, das autoridades maiores da cidade, Sr. Cláudio Neves, Prefeito, e do Sr. Walfredo, Vice-prefeito, aliás, o único vice que tive o prazer de constatar trabalhando em toda a minha vida, honrando assim os votos recebidos.



Estar nas ruas e nos palanques, fez de mim com toda a certeza uma pessoa mais



feliz e participativa, mais livre e, principalmente, me transformou em cidadã itaparicana, condição que não me permite qualquer postura que esteja ligada a omissão ou conluio com que esteja ou venha a prejudicar o desenvolvimento sustentável da cidade e de sua população, seja como simples cidadã, seja como cronista em meu blog, seja como editora do único jornal desta ilha.



Estar recebendo como presente aos meus sessenta anos, esta oportunidade em ocupar a cadeira número l6, cujo patrono é o ilustre e imortal educador, tradutor e conferencista, Professor Ernesto Carneiro Ribeiro, é uma honra com a qual jamais me dei ao luxo de sonhar.



Portanto, sou grata aos membros da Academia de Letras doRecôncavo nas pessoas de seu Presidente, Sr. Almir de Oliveira, e do Sr.Hélio Valadão, que generosamente indicou o meu nome e minhas obras, Equilíbrio Razão e Amor, Bebida -Muleta Existencial e Morada da Loucura para serem avaliadas por seus ilustres membros acadêmicos.



Quero neste momento agradecer a todos os presentes que vieram certamente dar brilho a este evento ,assim como ao parceiro fiel de toda uma vida, leitor, orientador, revisor e, acima de tudo, meu amor, que assim como meus dois filhos, Luis Cláudio e Anna Paula, certamente foram minhas maiores e mais queridas inspirações.



Espero com muita ansiedade poder ver os trabalhos de minha vida sendo publicados um a um, assim como o método de reeducação com seu conteúdo repleto de amor, reflexões e estudos sérios, sejam levados às nossas crianças em um futuro breve, através, quem sabe, de uma empresa visionária que acredite que somente através de uma restauração postural educacional, será possível resgatar-se a dignidade cidadã, e de um político e gestor mais voltado aos interesses de seu povo e de suas necessidades básicas, que abrace esta causa que é tão somente o de buscar amparo emocional a fim de se resgatar, acima de tudo, o direito das crianças e adolescentes de crescerem, exercerendo



suas vidas com liberdade e respeito a si próprios e, consequentemente, ao próximo, seja humano ou não.



Obrigado a todos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

EMOÇÃO

Sinto-me honrada em ocupar nesta noite, aqui na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica, a Cadeira de número 16, cujo patrono é o Professor ERNESTO CARNEIRO RIBEIRO - itaparicano ilustre, que abrilhantou com sua inteligência e dedicação a educação na Bahia, mantend0, através do seu talento e respeito a dignidade de suas ações, viva a sua memória de educador exemplar, além de seu tempo, ainda tradutor, revisor e, acima de tudo, um tenaz lutador pela qualidade da língua portuguesa.
Regina Carvalho
ITAPARICA, 27 de março de 2010.
Biblioteca Juracy Magalhães Junior - Itaparica/Ba

DONA HILDA, MINHA MÃE

Hoje, até o momento, ainda não choveu, o sol está pleno, brilhante, crendo eu que este dia maravilhoso é em homenagem à minha mãe, que se na terra estivesse, estaria completando 90 anos.
Fazem quarenta e um anos que não a vejo.
Ela se foi como num passe de mágica, envolta na grandeza do que representou como pessoa, deixando-me atônita, absolutamente perdida.
Precisei de muitos anos para encontrar um pouco de compreensão em relação a morte, que até então, para mim, havia sido cruel, pois roubara minha mãe, deixando-me sem âncora ainda tão jovem.
Ao pensar nela, lembro de seus cabelos negros e lisos, tombando teimosos sobre seu rosto moreno dourado.
Como era bonita, esta minha mãe!
Como era firme, trabalhadora, inteligente, rigorosa e dócil.
Jamais me esquecerei de vê-la nadando nas águas da praia de Ipanema com a naturalidade de quem tinha muita intimidade com aquele mar bravio, despertando em mim, uma profunda inveja e ao mesmo tempo orgulho, porque sabia que os outros também me invejavam por ter uma mãe tão corajosa nadadora.
A mesma coragem ela apresentava diante dos pés de cajú, que ela escalava como se um moleque fosse, arrancando de meu pai xingamentos por considerar pura loucura de quem não enxergava a idade que tinha, dizendo ele, sempre profundamente irritado, pois temia sempre o pior.
Qual nada!...
Ela subia e descia, deixando a formalidade da cidade e se fazendo menina com o rosto brilhante de mulher faceira, que ao chegar na casa de campo se despia do papel de mãe, esposa, e se permitia apenas ser a criatura de espírito livre que, graças a DEUS, herdei um pouquinho.
São tantas as lembranças...
Agora, por exemplo, posso sentir o cheiro inconfundível de seu bife de contra-filé acebolado na manteiga, que ela preparava quando eu chegava da escola. Lá do portão eu já sentia o aroma e, é claro, corria prá comê-lo, mas também corria para não apanhar de seu chinelo de couro, quando por alguma razão minha língua ferina, como ela dizia, ultrapassava sua enorme paciência.
Mãe brava, aquela não era de bricadeira.
Quanta falta me fez não tê-la em milhares de pequenos ou imensos momentos em que precisei tanto de sua atenção, experiência,c arinho.
Muitas foram as vezes em que daria um pedaço de mim para senti-la escovando meus cabelos ou fazendo cafuné enquanto eu descansava após o almoço, hábito diário.
O cheiro e a testura de sua pele permaneceram em mim como escudo amoroso.
Ela se foi e deixou uma garota de l8 anos, recém casada, que pouca ou coisa alguma sabia e que precisou muito, mas muito desta mãe, e que foi encontrá-la em outra mulher maravilhosa chamada ZIZITA, minha sogra.
Revivi com minha sogra o direito de me sentir filha novamente, e pelos 20 anos seguintes, dividimos o carinho da doação, do respeito e do profundo amor.
E ao perdê-la, não cheguei a sentir a dor da solidão, pois lá se encontrava minha linda ANNA PAULA.
Mas que seria muito bom ainda tê-las,ah! seria.
Agora provavelmente a casa estaria movimentada, por que, afinal, ambas eram festeiras e adoravam cozinhar e certamente estariam fazendo mil quitutes deliciosos para a farra de hoje á noite.
Nunca consegui nem tentei subir em um pé seja lá do que for, nadar, nem pensar, quanto mais no mar de Ipanema, mas cozinhar, certamente eu sei, tão bem ou melhor do que elas, pelo menos em algumas "coizitas", mas a Anna Paula, esta não nega a raça e se tornou um misto das duas e, ao fita-la, revejo-as por todo o tempo.

Que lindo consolo!

ASAS E MENTE

Que belo dia, esplêndida manhã!

Os pássaros voam e eu vÔo também.

E nossos vÔos se integram a paisagem,

me fazendo bela e êles magníficos.




Se fecho os olhos, ainda nos vejo plainando

a céu aberto, na certeza do espaço.

Lentamente absorvo o encantamento

de meu vôo, do horizonte, de minha mente.




Não há rotina, quando existe o deslumbre.

As descobertas às vezes chocam e inibem,

mas ao voar, bato asas e vou longe

Descortino o belo e o integro ao cotidiano,

apagando o medíocre, iluminando o ponderável.




Vôa, passarinho vôa,

o vôo é pra quem quer voar.

Só não sei se minhas asas aguentam,

o vôo que desejo dar.



Esta poesia foi escrita no dia 19 de março de l991, ás 23 horas, em Belo Horizonte, na casa da Pampulha.

Apenas leia e reflita.

Carta de Gilberto Geraldo Garbi para Lula

Gilberto Geraldo Garbi foi um dos alunos classificados a seu tempo como UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA que já haviam adentrado o ITA, entre outras honrarias que recebeu daquela instituição. Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da TELEBRAS.


A CAMINHO DOS 99,9999995%

( Gilberto Geraldo Garbi )

Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas populares.

Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo...(Quem nunca ouviu falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente com mais de 60).

Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...

Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.

E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e alienados que se deixam iludir pelas pro stitutas da política e beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.

Antes e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas, esqueça... Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida.

Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.

Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.
E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral, se você a tivesse.
Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.
Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?

Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria.
Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes.
Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".
Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer.

Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder, tornando-ageneralizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da Administração.
O Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia corruptiva.
Peça ao Marco Aurélio para lhe explicar o que é isso.
Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.

Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa.
A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?
Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?

Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política que você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar.
Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas
Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.

Por falar em Ongs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem aos hospitais.

Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.

Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.
Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.
Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.

Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso, aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio e o populismo; e vai por aí.... Justiça, ora a Justiça, é o que você pensa...

Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta.
Aliás, se você estivesse realmente interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?
E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas, mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus critérios sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam valer-se delas.

A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas.
O que houve entre o BNDES e as redes de televisão?
O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos?
Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores as opções: "O plata, o plomo". Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala bem o Espanhol.

Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem.
Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?
É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas.
Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente, mas que caiu em seu colo.
Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população parece estar disposta a ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do prato de lentilhas da melhoria econômica.

É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien".
Você não entendeu, não é mesmo? Então pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentandoseu gigolô franco-argentino...

Gilberto Geraldo Garbi


sexta-feira, 19 de março de 2010

DESPEDINDO-ME DO VERÃO

De repente, tenho a consciência do prazer enorme de estar, neste instante, escrevendo ouvindo os pássaros desejando-me um BOM DIA e tendo à minha volta os meus cachorrinhos amorosos.
Fecho os olhos e sinto a minha repiração, então, respiro um pouco mais fundo e ainda de olhos fechados, entre umas lembranças e outras, delicío-me com este amanhecer bem mais fresquinho, graças a uma chuvinha tímida que pelo dia, tarde e noite de ontem, insistiu em se fazer presente,
atendendo assim às necessidades de minhas plantinhas que, sofredoras, pediam socorro.
Eu também pedia, aliás, todos pediam por que afinal o excesso seja de sol, calor e suor, produz stress, tornando as pessoas mais lentas e com ares de preguiçosas.
Entretanto, hoje tudo indica será diferente e, assim, provavelmente poderei ficar um pouco mais distante dos ventildores, até quem sabe, se me sobrar um tempinho, deitar na rede na varanda e esperar a tarde dar lugar a noite, novamente ouvindo os pássaros com seus cantos divinos, desejando-me BOA NOITE, e tendo ao meu lado meus adoráveis cachorrinhos que não me permitem sentir solidão.
O verão começa a se despedir ,enfraquecendo a força do calor, amenizando o poder do sol, dando passagem à volúpia das chuvas, pelo menos por estas bandas, onde DEUS não poupa água e Santa Bárbara muito menos seus trovões.

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quinta-feira, 18 de março de 2010

COMO PERDOAR ?

Desde ontem, a imagem de meu pai, falecido em dezembro de 2000, não sai de minha cabeça, mais precisamente uma de suas inúmeras citações filosóficas.

Ele costumava dizer:

- Tudo que o dinheiro paga ou a água e o sabão lavam, jamais será problema.

Entretanto, será que ele tinha razão, ou simplesmente o repetia tão somente como desfesa previa à sua postura de machão carioca, cujo objetivo maior era não permitir que nada, absolutamente nada, tirasse dele o foco principal de sua existência, que era viver bem longe de qualquer problema?

Havia em meu pai uma ogeriza a tudo que representasse, ou que pudesse vir a representar, aporrinhações em seu dia-a-dia e, portanto, se alguém quizesse perder a sua companhia, bastava criar-lhe algum tipo de dificuldade que o seu dinheiro ou um bom banho não pudessem resolver.

Ele não criava casos, não falava mal de ninguém, tão pouco se lamuriava fosse pelo que fosse, mas certamente ele ignorava, a partir de então, o foco de seu aborrecimento.

Sua avaliação era única, ou seja: serve ou não serve, quero ou não quero, dou ou não dou, vou ou não vou, preciso ou não preciso, e assim por diante, em uma postura prá lá de exclusivista, por que afinal ele só fazia o que queria em um autoritarismo cruel, pois o fazia entre beijos e carinhos, aprisionando com seu envolvimento todos que o admiravam. E ele era admirável, bonito, inteligente, um verdadeiro sedutor.

Foram raríssimas as vezes em que o vi exercer seu mando de todo poderoso fora dos padrões da manipulação amorosa.

Sua postura, por vezes me irritava a ponto de desafiá-lo e nem assim ele se alterava, no entanto, nesses momentos, ele deixava a fleuma de lado e apenas dizia sim ou não, e eu obedecia, sem entender bem por que, apenas obedecia, vendo-o retornar à sua postura constante de aparente sossego, independentemente do quanto eu me sentia frustrada.

Estou relembrando este lado de meu pai, que sinceramente não entendia e gostava, talvez porque, desde ontem, após uma conversa entre amigos, cujo assunto era o perdão, criei uma associação imediata frente à facilidade com que via meu pai apenas eliminando, em determinadas ocasiões, coisas e pessoas sem demonstrar qualquer sofrimento, raiva, mágoa ou sentimento de perda, e isto me foi tão marcante que, em muitas ocasiões, simplesmente não o perdoei e, absurdamente, vi-me agindo da mesma forma, no entanto, sofrendo muitíssimo, sem conseguir que o dinheiro, uma cachoeira e litros de sabão pudessem arrancar de meu coração o sentimento da dor emocional.

E aí, penso que com ele deveria ser igual, apenas ele desenvolveu uma espécie rara de camuflagem, impossível de ser penetrada por qualquer pessoa à sua volta.

Talvez, seu humor sempre ativo, fosse justo a blindagem de sua dor .

Afinal, o que vem a ser o perdão?

Como é possivel, padronizar posturas frente as mágoas?

Como avaliar a extensão da dor que nos é causada?

Como medir, traçando regras posturais, o tamanho do problema que nos é causado, frente à decepção, se cada pessoa é única em suas absorções?

Como engessar o perdão em padrões comportamentais sociais, religiosos ou de interesses políticos e comerciais sem confessar, a nós mesmos, o quanto estamos dilacerados pela afronta recebida?

Estou me referindo a mágoas profundas, traições inconcebíveis, porque no dia-a-dia é impossível até mesmo avaliar com precisão se algo que alguém nos faça deva ser qualificado de traição ou seja lá o que for, pois infelizmente, por quase o tempo todo, somos invariavelmente invadidos pelos tratores desgovernados dos desequilíbrios sistêmicos e com certeza na mesma proporção invadimos, em uma simbiose doentia de falta de respeito ao direito alheio de qualquer natureza, levando-me então a pensar, que não é a toa que buscamos amparo religioso, afinal, nem que dispuséssemos de todas as águas, sabões e dinheiro do mundo, seríamos capazes de receber uma afronta, traição ou pouco caso sem, no mínimo, deixar o coração acelerar e a alma, por que não, chorar.

Pois é muito doloroso ser sacaneado, principalmente por aqueles que amamos ou confiamos.
Terrível, termos que constatar o quanto nos é difícil perdoar, se compararmos as nossas reações à passagens bíblicas.

Particularmente, sinto-me a pior das criaturas, justo porque perco a naturalidade com quem me ofendeu ou magoou, e me é difícil a partir daí qualquer convivência que não esteja atrelada ao polimento social, e isto não é perdão, isto não é compreender os motivos alheios, isto não significa não estar sentindo qualquer sentimento contraditório.
Todavia, isto com toda a certeza tranforma a qualidade de nossas existências, levando-nos invariavelmente às culpas pessoais, estimulador de flagelos físicos e emocionais.

Não consigo fingir que está tudo bem, não consigo sorrir ou me portar com naturalidade e, sem ela, afronto-me por demais, pois fazer de contas que está tudo bem, eu simplesmente não consigo, e então, penso que meu pai deveria sentir mais ou menos a mesma coisa, talvez por esta razão ele se afastava do alvo de sua aporrinhação ou mágoa.
Será que sofria menos?
Diz o ditado popular:
- O que olhos não vêm, coração não sente.
SERÁ?

Jamais saberei, entretanto, em meio a esses pensamentos, lembro de Jesus, que aprendi a chamar de meu em uma enorme intimidade, certamente porque através dele fui aprendendo mais que doutrina religiosa, fui aprendendo a me perdoar, passo primeiro e único, se não para perdoar aqueles que me magoam, no mínimo para aceitar com o coração menos doído tudo quanto não posso modificar.

Bom Dia !!!!

terça-feira, 16 de março de 2010

QUE COISA, HEIM?!

Ingratidão, é o que fazem conosco, velhinhos adoráveis, cujo único defeito é ter nos tornados, digamos, mais lentos em nossas atividades físicas, mas não menos produtivos, talvez, também, mais prolíxos, sistemáticos, exigentes e, vez por outra, birrentos e teimosos por nos acharmos egoisticamente com todos os direitos, pelo número de anos vividos.

Coisas de velho, diriam alguns, mas eu, como velha, prefiro desconsiderar estas afirmações, preferindo ignorar meu gênio difícil. Aliás, gênio este que sempre foi exatamente como se apresenta, acreditando verdadeiramente que já foi bem pior, tanto quanto posso me lembrar, pois nos últimos tempos, cá para nós, que ninguém nos ouça, tenho tido falhas absurdas de memória, recorrendo com muito mais frequência à agenda, o que me coloca em dúvidas quanto à épocas e acontecimentos.

Olhando-me através do revelador espelho, cruel e impiedoso inimigo dos velhos, constato os estragos ocorridos e, mais uma vez, cá entre nós, que mais ninguém me escute, fico puta da vida, principalmente porque me lembro sempre nestas ocasiões daqueles velhos não assumidos, recalcados e sofridos, o quanto de vantagem estão tendo em suas velhices.

PORRA NENHUMA!

Mentira deslavada, quem de verdade gosta de estar velho? Qualé malandro?

Como mulher e naturalmente vaidosa, preciso a cada dia ir aceitando com a mais profunda serenidade ou, o que é mais verdadeiro, alienação induzida, o fato concreto e irreversível da queda impiedosa de tudo, assim como no meu caso específico, do aumento progressivo de também quase tudo, levando-me a pensar que se eu viver muitos mais anos, ao morrer, precisarei de um caixão redondo, o que certamente será um transtorno.

E se não bastasse ainda somos obrigados, como velhos assumidos ou não, de termos que concordar sorrindo com aqueles velhos prá lá de sofredores, que ficam pregando aos quatro ventos o quanto a idade trás de sabedoria, e enquanto falam, penso:

-E quem quer ser sábio?

Eu, e a maioria, preferiria estar com a bunda dura e o cérebro em aprendizado, os peitos durinhos, a pele repleta de frescor e o afago de meu ego, por todo o tempo, através dos olhares de cobiça dos homens e invejosos das mulheres.

Sapiência, qual nada, o que todo mundo que está velho gostaria mesmo é de estar com o furor da juventude, pensando por quase todo o tempo que o tempo jamais passará. É..., mas infelizmente, ele passa, inexoravelmente, murchando os viços e a agilidade física, trazendo com ele na mesma proporção devastadora a indiferença dos jovens que, bendita e ignorantemente, não conseguem se enxergar em igual forma, algum dia. E também, é claro, acumula experiência, alguns de verdade se tornam sábios, outros, criaturas insuportáveis, mas todos, sem exceção, por mais que neguem, dariam tudo que possuem em troca de começar tudo de novo com o frescor inigualável de suas juventudes.

Então, pensando nisto, relembro vez por outra, o tanto, que quando jovem, como a maioria, perdi tempo com isto ou com aquilo, tempo este que jamais pude recuperar.

Portanto, façamos em nossa velhice justo o contrário. Dentro de nossas possibilidades, sem qualquer drama ou stress, vivamos prá caramba, até nos esquecendo que a bunda e outras coisitas mais cairam, o que sinceramente deixa de ter importância maior, frente a absoluta certeza de que ainda estamos vivos, mesmo pagando o mico de termos que usar a fila dos idosos, mas fazer o que, afinal, este é o único instante em que ser velho, nos trás alguma vantagem, principalmente nas filas desesperadoras dos bancos, se bem que em algumas ocasiões a bendita fila esta lotada,o que também é um consolo, por que, afinal, isto significa que as pessoas estão vivendo por mais tempo e que o mundo esta envelhecendo.

Que coisa, heim?!?!

domingo, 14 de março de 2010

PRECISO MUITO DE VOCÊS...

Creio que não exista nada mais estúpido e sem qualquer sentido prático, e principalmente real, que afirmarmos em um tom de orgulho que não devemos explicação de nossas vidas aos outros, quando nada mais fazemos com fiel constância que nos mantermos por todo o tempo em exposição avaliativa.
Tudo que fazemos, tem a conotação da busca da aprovação ou de chamar a atenção em função seja lá de qual necessidade emocional que tenhamos, inclusive quando somos agressivos ou transgressores de qualquer natureza social.
Por toda a minha vida, pude constatar com imenso prazer o quanto preciso das pessoas à minha volta para que eu me sinta verdadeiramente segura e amparada, jogando por terra a afirmativa de que segurança e bem estar só é possível conseguir-se através de nós mesmos.
Aparentemente, esta é uma afirmação mais que correta, mas a pergunta é:
- Como estruturar-se internamente, sem que se recolha do externo os subsídios vibratórios a fim de serem devidamente filtrados e adequados à formação de um perfil pessoal de equilíbrio existencial?
Sem o externo, seríamos seres solitários, absolutamente independentes uns dos outros e, principalmente, dos componentes da formação e manutenção da vida como um todo, e isto não existe, pois somos ligados a tudo e a todos em uma parceria silenciosa, mas eficaz, por ser consistente e absolutamente indispensável.
E muito gratificante, quando superadas as vaidades grosseiras que nos são impingidas por um social em dicotonia com a naturalidade de existir, nos conscientizamos do quanto precisamos uns dos outros e de tudo o mais que somos capazes de enxergar, tocar, saborear ou apenas, e tão somente, sentir, como o ar que respiramos e que sequer nele pensamos como meio único de sobrevivência.
Pensando nisto, ainda sinto em meu paladar, o gosto inigualável do pedaço de bolo de aniversário que recebi de uma vizinha que mora em frente à minha lojinha e com quem apenas troquei alguns," bom dias e boas noites", mas que ainda assim, através de seu filho, quiz me dizer com este singelo gesto:
- Olá, sei que você trata bem meus filhos em sua loja, se precisar de algo disponha.
Quando percebemos existir, sem a arrogância de nos sentirmos acima das necessidades básicas em ser um ser participativo, gestos como o de minha vizinha, fazem o outro se sentir amparado por estar sendo respeitado através do bendito reconhecimento, que tanto se busca e nem sempre é possível encontrar-se.
E aí, como é possivel ignorar o prazer da convivência, da troca e da necessidade permanente em ser-se acariciado?
Foi um pedaço de bolo, mas poderia ter sido um sorriso, um aceno e até mesmo uma crítica, um abraço, uma apurrinhação, poderia ter sido qualquer demonstração de interação, só não poderia existir a indiferença, hoje tão encontrada, pois virou moda o individualismo, mesmo sendo reconhecido como falso e destruidor, mas é moda, fazer o quê?
Podemos fazer muito, aí sim, de forma absolutamente individual, pois nossa vontade voluntária em atrair energias que nos completem como seres universalizado, será sempre o único caminho que nos leva à plenitude vivencial, à não solidão existencial e a irradicação da depressão, porta de entrada de todas as mazelas físicas e emocionais que nos transformam em robôs sem alma, independentemente de todas as vitórias que tenhamos conquistado.
Portanto, preciso de cada um de vocês e de suas aprovações diárias para que eu me mantenha estimulada a ser cada dia um ser humano melhor, menos egoista e mais solidária, mais bonita, inteligente e, se possível, mais e mais cercada de vibrações amorosas. Pois recebendo-as, transbordo de felicidade e sem mesmo perceber, como faço com o meu respirar, passo a doar o tudo de bom que recebo.
Percebem o mecanismo do funcionamento emocional, tão determinante quanto a qualidade de nossos instantes presentes?
Bendita é toda a necessidade que possuimos em conviver, prestando contas do nosso modo singular de ser.
Bom dia a todos! E obrigado pelos l510 acessos até o momento presente.
Isto é felicidade, mas é, acima de tudo, uma responsabilidade enorme que devo ter com o que escrevo, penso e sou.
Porque, afinal, eu preciso muito de vocês.

sábado, 13 de março de 2010

QUAL A SURPRESA?

Coisa boa e muito gratificante é ter-se o hábito da observação para os fins de busca de entendimentos emocionais.
O tempo passa e não me apercebo, fascinada que me encontro com a diversidade que se apresenta, sem que haja uma só que seja igualdade, por mais semelhança que possa parecer, passando a fazer das tardes em que permaneço na loja, um rico aprendizado, também de convivência.
Quando o sol baixa, trazendo a brisa suave da noite, sento-me à porta em minha cadeirinha de plástico branca, ao lado de meu "velhinho" querido e ficamos os dois, ora cumprimentando, ora conversando, mas, por todo o tempo, observando o quanto o ser humano pode ser bonito, estranho, mal humorado, ranzinza, dócil, gentil, mau carater, esperto, inteligente, sutil, arrogante, delicado, enfim, tudo quanto a capacidade da natureza humana, em sua diversidade, pode demonstrar para uma curiosa como eu, sem credenciamento acadêmico, mas em permanente aprendizado no cotidiano, fonte inesgotável de subsídios de conhecimento.
E aí, passa a primeira, a segunda e lá pela décima garotinha faceira, fantasiadas de mulher, e então, comento em tom lamentoso:
-Que pena!!... estão pulando a infância, certamente atropelarão a adolescência, querendo ser adultas antes do tempo.
Quais são suas reais idades, oito, dez anos, algumas, noto, bem menos, ostentam salto alto, brincos exagerados, unhas vermelhas, maquilagem nos rostos, quando neles deveria existir tão somente o frescor de suas infâncias.Todas, sem excessão, vestem roupas sensuais, a maioria, já andando em nítida demonstração sensual de seus corpinhos em formação.
Qual, portanto, o espanto ao vê-las, ainda meninas, grávidas ou prostituídas?
Que hipocrisia sistêmica é esta, que nos induz a aceitar vê-las sendo conduzidas ao calvário da perda da inocência, ainda quando deveriam estar brincando com a mente limpa e a alma em estruturação?
É preciso que avaliemos a educação orientadora que oferecemos às nossas crianças em nossos lares.
É preciso que nas escola, a didática comportamental seja adaptada aos tempos atuais onde o online é instântaneo e, cá pra nós, incontrolável.
A regra básica atual da padronização globalizada, necessita urgentemente ser complementada com o oferecimento de opções diversificadas de conceitos individuais de respeito pessoal, pois é um absurdo a incoerência em deixar que um jovem seja induzido a acreditar que está caminhando em busca de sua imagem de indivíduo único e, ao mesmo tempo, permitir ou incentivá-lo a ser tão somente mais um entre tantos fantoches, cópias xerox, mal tiradas dos demais.
Sei que os tempos mudaram, mas sei também que continuamos a ser como sempre fomos, criaturas sensíveis, amorosas e criativas, sempre buscando um perfil pessoal, onde possamos nos enxergar como seres, pelo menos aceito em nossa aparência social, sem, no entanto, perdemos a característica exclusiva de nossa natureza pessoal.


BOROGODÓ e o tudo de bom...

Abro os olhos e algo assoprou em meus ouvidos BOROGODÓ e aí, como sei o que significa, questiono-me, afinal, como pensar nesta síntese absol...